MEDIDA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL NO MERCADO IMOBILIÁRIO
Não há dúvidas que a constante queda da taxa SELIC, batendo mais uma baixa histórica, agora de 2,00% ao ano, somada ao quinto mês consecutivo de aumento de depósitos de poupança, tendo o mês de julho batido 28 bilhões de captação líquida, o melhor mês de julho da série histórica (desde 1995), vem contribuindo para aquecer o mercado imobiliário, pois alia baixa taxas de juros e oferta de recursos. Atenta ao momento econômico, a Caixa Econômica Federal, que representa aproximadamente 70% do volume total de financiamentos imobiliários no Brasil, vem tomando importantes medidas para fomentar a construção civil.
No início de julho, a CEF implementou o registro eletrônico de escrituras, agilizando a troca de informações entre o banco e o cartório de registro de imóveis. Com a medida, o registro do contrato, que costumava levar 45 dias, passou a ser realizado, em média, em 5 dias.
As despesas com custas de cartório e imposto de transmissão (ITBI), que costuma representar de 2% a 5% do valor do imóvel, podiam surpreender o comprador desatento na hora de registrar seu imóvel. No entanto, desde o mês passado, estas taxas e impostos podem ser incluídos no valor do financiamento, para imóveis de até R$ 1.500.000,00, com operação com recursos do FGTS e do SBPE.
Por fim, a CEF disponibiliza, desde 03 de agosto, linha de crédito para compra de lotes com taxas mais atrativas. É permitido financiar até 70% do valor de terrenos entre R$ 50.000,00 a R$ 1.500.000,00, com taxa efetiva de juros de 8,5% ao ano, mais Taxa Referencial (TR atualmente de 0,00%). Já financiamentos para compra de terreno e construção, ou construção em terreno próprio, a taxa de juros efetiva é de 6,5% ao ano, mais TR. A justificativa para esta linha de crédito é o aumento da procura por casas, em decorrência da pandemia.